terça-feira, 26 de julho de 2011

MORATÓRIA AMERICANA

A imprensa está valorizando muito os entendimentos do fraco Barack Obama com o Congresso americano visando a conseguir uma autorização para que o endividamento estatal possa crescer além dos limites constitucionais. Estão chamando esta situação de "moratória" mas isso fica por conta da demagogia do terrorismo econômico antiamericano. Na verdade, não se trata de não honrar os títulos públicos do Tesouro americano mas, isto sim, de obter autorização para dever mais. Caso não consiga esta permissão, o governo americano terá que cortar gastos e, talvez, diminuir as despesas sociais principalmente com a saúde e aposentadorias, além de aumentar impostos. Esta última alternativa é rejeitada pelos republicanos, já os democratas não querem abrir mão do assistencialismo que pode lhes custar o insucesso nas próximas eleições. Mas chamar esta saída de moratória vai uma longa distância ...

Gilberto Ramos - economista

segunda-feira, 25 de julho de 2011

TIPOS DE GOVERNO

Faz uns cinco anos um artigo meu foi publicado com esse mesmo título. Nele, em resumo, eu dizia que o Brasil era pródigo em experimentar vários tipos de governo. De fato, já tivemos monarquia, plutocracia (o regime dos nobres), democracia (com presidencialismo e parlamentarismo) e agora, finalmente e infelizmente, a cleptocracia. Deus nos acuda !



Gilberto Ramos - economista

sexta-feira, 22 de julho de 2011

EM TEMPO - CORREÇÃO

No dia 13 passado postei um texto versando sobre uma reunião que teria acontecido juntando Cesar Maia, Luiz Paulo Correa da Rocha, Garotinho e Marcelo Freixo. A bem da verdade quero corrigir-me e dizer que este último não esteve presente. Fui induzido ao erro pela coluna de Jorge Bastos Moreno, jornalista do melhor conceito possivel.


Gilberto Ramos - economista.

ALEMÃO - FATOS E VERSÕES

Quando as autoridades resolveram invadir o Complexo do Alemão e desalojar os traficantes que lá se escondiam, as cenas foram mostradas pela televisão e toda a população bateu palmas. Ontem fui visitar o conjunto do Alemão com um grupo que havia sido convidado pelo Gen. Adriano, chefe do CML. Reconheço que foi uma epopéia, muito bem planejada e exitosa. O problema é o "day after". São 2.500 soldados, muitos PMs e Policiais Civis. O Gen. Adriano contou que os soldados estão sendo substituidos por contigentes trazidos do Paraná e SC. Desconfio que é o temor de que os soldados daqui estivessem sendo cooptados pelos marginais remanescentes do local. Percebí algumas ações educativas com as crianças locais mas, ao mesmo tempo, ficou-me a impressão de que a ordem está mantida a custo muito alto, talvez isso seja superficial pela presença maciça de soldados fortemente armados e muitros blindados. Sou muito descrente da ordem mantida pela força das armas.


Gilberto Ramos -economista

quarta-feira, 13 de julho de 2011

AUSÊNCIA JUSTIFICADA

Segundo nota de rodapé publicada na semana passada em coluna de política de um grande joirnal do Rio, no prédio da Rua da Assembléia nº 10, foi realizada uma reunião em "petit comité" com Cesar Maia, Garotinho, Luiz Paulo Correa da Rocha e Marcelo Freixo para tratarem da sucessão municipal e, ao mesmo tempo, sacramentarem um "pacto de não agressão". Embora não estando presente, imagino que Al Capone tenha justificado sua sentida ausência.

Gilberto Ramos - economista

terça-feira, 12 de julho de 2011

TUDO LEGAL E IMORAL

Inicio dos anos 80 fui porocurado por um amigo de infancia que me ofereceu um terreno de propriedade de sua família. Situado no Engenho Novo, mais precisamente na Rua Araújo Leitão, era um belo terreno de uns 20mil m2. Ele tentava vender há anos mas uma favela contígua desestimulava os interessados. Anos depois encontrei o meu amigo e ele me contou que tinha conseguido se desvencilhar do abacaxi. Ele procurou o lider dos favelados vizinhos e pagou um pequeno valor para que invadissem o próprio terreno, ato continuo deu entrada numa ação de reintegração de posse que foi rapidamente despachada por um desembargador bonzinho. Em seguida foi a vez da ajuda de um deputado populista que despachou com o governador a desapropriação por "interesse social", entendendo que seria uma desumanidade desalojar tantas famílias humildes. Pronto, lá está a nova favela, os votos na urna do deputado, o proprietário e o desembargador desfrutando e rindo de nós todos. O MST e alguns fazendeiros já aprenderam o "caminho das pedras", e nós que nos danemos ....

Gilberto Ramos - economista

domingo, 10 de julho de 2011

SALVE OS BIONICOS

A lei do divorcio foi, de fato, a principal iniciativa legislativa em todo período republicano, embora o Congresso seja tão dispendioso. A lei foi uma luta do saudoso Sen. Nelson Carneiro e, poucos sabem, teve como co-autor o Sen. Acioli Fº (Arena-PR), um jovem professor de Direito Penal da Universidade do Paraná. Era "senador biônico" e brilhava da CCJ do Senado. Quando seu mandato terminou, tentou a recondução através de eleição direta e perdeu por larga margem para o Sen. José Richa que teve um desempenho mediocre embora fosse, como Acioli Fº, um político correto. A derrota eleitoral levou Acioli Fº a uma profunda depressão e pouco depois ele morria. Seu velório foi de uma lamentável ausência e somente um senador compareceu para cumprimentar a viúva: Hugo Ramos Fº (MDB-RJ). Hoje, ao ver o escândalo envolvendo o Sen. Alfredo Nascimento (PR-AM), lembrei-me de outro senador recentemente falecido - Jefferson Peres (PDT-AM). Que diferença e que decadência do Senado. Sinal dos tempos ? Que a família de Acioli Fº perdoe o eleitorado.

Gilberto Ramos - economista

quinta-feira, 7 de julho de 2011

O PAI DO MIDAS DE 27 ANOS

Esse mar de lama no Ministério dos Transportes só foi abortado graças à imprensa. Dilma deveria agradecer de publico. Entretanto, o desfecho surrealista mais parece inspirado em Fellini: o ministro vai retomar seu honroso cargo de senador da república, no mesmo Senado que já abrigou Rui e Joaquim Nabuco. É tal o ridículo das investigações que, em breve, ao cair um avião vão concluir que o culpado foi a aeromoça e promoverão o comandante a brigadeiro civil mediante um "ato secreto".

Gilberto Ramos - economista e candidato a otário.

terça-feira, 5 de julho de 2011

O BNDES E ABILIO DINIZ

Sempre admirei muito o ex ministro Roberto Campos. Um belo dia ele me confidenciou que entre os erros que cometera - poucos - estava a criação do BNDE (a inclusão do S foi um espasmo demagógico de governo posterior) . A intenção inicial era de que o BNDE fosse uma agencia de desenvolvimento financiando novas industrias de base e, com isso, gerando empregos. Com o tempo ele foi devorado pela sanha de lucro de empresários e funcionários pouco éticos. O ápice foi esta transação com o Carrefour e Abilio Diniz, tudo mal explicado, destinando nosso dinheiro para um negócio já consolidado. Em resumo: O S que havia sido incluido na sigla pode ser retirado que ninguém se oporá.


Gilberto Ramos - economista

domingo, 3 de julho de 2011

EMPREITEIRAS E GOVERNOS

O noticiário envolvendo Delta e Cabral e também Odebrech e Lula, são as faces de uma mesma moeda: a perigosa intimidade entre governo e prestadores de serviços. No caso da Delta e os valores pagos pelo governo do estado, a denúncia peca por não analisar o custo das obras, ou seja, o preço do m2 construido ou do m3 de concreto. Só com estes numeros poderemos fazer uma avaliação sobre a lisura dos contratos que podem até ter sido vantajosos para nós. Quanto a Lula e Odebrech, fica dificil separar amizade e favorecimento: a recente viagem do ex-presidente a Cuba e a recepção em Havana por José Dirceu e Cia comprova uma proximidade constrangedora entre os personagens. Enfim, enquanto a ética for um valor distante nas atividades políticas teremos que conviver coms estas dúvidas.

Gilberto Ramos - economista

sábado, 2 de julho de 2011

SALÁRIO DE PROFESSORES

Há décadas que se discute que um dos entraves da educação brasileira é o baixo nivel salarial dos docentes. Tive a honra de conviver com Alvaro Valle, deputado que honrou nosso parlamento e que se dedicou integralmente ao tema da educação, principalmente à educação básica. Pena que tenha morrido tão cedo e perdido sua última eleição por apenas um voto. Mas deixou um legado de iniciativas das mais valiosas, a educação pré-escolar e a merenda escolar são leis de sua autoria. Mas existe também um projeto seu que está, há anos, engavetado na Câmara e que resolveria de vez esta questão dos baixos salários; - "Nenhum professor municipal poderá receber salário menor do que os vereadores de seu município". Podem plagiar esta sugestão mas, por favor, sem demagogia. Pensando bem, vou sugerir que o Dep. Tiririca peça o desarquivamento e reapresente o projeto. Duvido que alguém se coloque contra e seria um gol de placa do deputado palhaço. Já que os mais eruditos estão ocupados com suas emendas ....


Gilberto Ramos - economista