terça-feira, 9 de janeiro de 2018

AVENIDA ABERTA

O Rodrigo Maia foi muito feliz na entrevista que deu ao O Globo de hoje. Minha opinião é que deveria tentar a reeleição para Câmara e, o pai Cesar Maia candidato a Governador. Seria muito bom para o Rio. Como carioca torcerei pelos dois. Para presidente meu candidato é o Paulo Hartung,  governador exemplar do ES.

Gilberto Ramos - economista

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

ZORRA TOTAL

ZORRA TOTAL.

A prefeitura do Rio tem uma organização razoável, funcionalismo de bom nível, mas sofre das mesmas mazelas do setor público brasileiro. Quem justificaria a contratação de um vigia cego; ou um tratador de réptil; ou um motorista sem carteira de habilitação. Foi isso - e muito mais - o que encontrei quando fui secretário de administração. Qualquer dia vou escrever um artigo só com os casos mais absurdos. Isso sem falar na minha passagem pela inútil Vice-Prefeitura. Mas reconheço que o poder corporativo do funcionalismo público é impressionante e não será moleza o governo emplacar a reforma previdenciária abolindo alguns privilégios mais explícitos.

GILBERTO RAMOS - economista

sábado, 20 de maio de 2017

O ESTADO MULTIMÂMIO.

Num dos seus mais célebres discursos no Senado (bons tempos em que o Senado tinha gente deste quilate), Rui criticava o gigantismo do estado e chegou a usar a expressão "estado multimâmio" para comparar com as inúmeras tetas de uma vaca onde inescrupulosos empresários e gente de toda espécie se agarravam para tirar proveito. Vem daí a figura do "mamar nas tetas do governo". É isso que estamos vendo neste terrível conluio envolvendo empresários e banqueiros estatais. Uma só lava-jato não vai bastar enquanto não caminharmos para uma completa desestatização do crédito. Um governo tirânico pode nos obrigar a plantar, colher, armazenar, enfim tudo, só não conseguirá nos obrigar a negociar. Essa é uma atividade tipicamente privada e, portanto, chega de bancos estatais.

Gilberto Ramos - economista

quinta-feira, 18 de maio de 2017

"AQUILO ROXO" DO TEMER

Esse pandemônio de delações e gravações resultou na inacreditável turbulência política que estamos vivendo. Quando o país dava os primeiros sinais positivos na economia, vem uma ducha fria para contaminar a confiança do povo no governo. ADOREI O COMUNICADO DO PRES. TEMER. Foi taxativo, firme e objetivo e disse, em poucas palavras, o que deveria ter dito. Ainda vamos passar por muitos sustos antes que qualifiquemos a classe política. Não há dúvidas de que a relação entre empresários e governos seja incestuoso. Todos querem tirar um naco de vantagem e quem sai mais prejudicado é o povão que acorda cedo para trabalhar e nada recebe como contrapartida do estado paquidérmico.

Gilberto Ramos - economista

segunda-feira, 15 de maio de 2017

NA POLÍTICA A ORDEM DOS FATORES ALTERA O PRODUTO

Nesse presidencialismo caolho praticado no Brasil a eleição federal (presidente, deputados e senadores) é realizada no primeiro turno. Se houver um segundo turno para presidente, o parlamentar  já eleito não terá qualquer compromisso com o presidente e este, para conseguir governar com o apoio indispensável do Congresso, terá que barganhar nomeações, verbas e outros favores. Pois a França, após eleger Macron no segundo turno, fará brevemente a eleição para a Assembleia. Venho propondo esta inversão da sequencia há muito tempo e, assim, evitaríamos o toma-lá-dá-cá vergonhoso entre o Planalto e o Congresso. Elejamos o Presidente e só depois o Legislativo. Simples e mais barato para nossa pobre democracia.

Gilberto Ramos - economista

terça-feira, 9 de maio de 2017

VIDA QUE SEGUE !

Nos últimos 20 anos frequentei os debates na Rádio Tupi. Lá, sob o comando do radialista Luiz Ribeiro, um jornalista absolutamente imparcial, pude defender minhas opiniões com toda liberdade e fiz bons amigos. Agora chegou ao fim esta etapa da minha vida pois fui informado da saída do Luiz Ribeiro e, por consequência, do fim do programa. Sempre às segundas-feiras, às 21 hs. era um prazer debater com Murilo Kieling, Fernando Cunha e Nelson Rocha. Aprendi muito com eles. Vou me dedicar com mais assiduidade a escrever neste blog onde poderei exprimir minhas idéias liberais e espero tê-los como leitores e críticos. Grato.

Gilberto Ramos - economista  

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

FGTS E A MÃO GRANDE DO GOVERNO

O FGTS foi criado durante o governo Castello Branco por inspiração da dupla Roberto Campos e Gouveia de Bulhões. Naquela época os trabalhadores que conseguiam chegar a 10 anos de vínculo empregatício obtinham estabilidade. Isso tinha um efeito cruel: os empregados eram demitidos antes para que não se tornassem estáveis e estes, por sua vez, decaiam de produtividade alcançados pelo conforto da estabilidade. Como se vê, a estabilidade tanto no setor privado quanto no setor público, concorre para uma perniciosa acomodação laboral. No FGTS os patrões contribuíam com 8% da remuneração paga ao empregado e, assim, constituiam um fundo que substituiria a indenização que, quase sempre, os patrões não poderiam suportar. Daí que as empresas com muita concentração de mão-de-obra acabavam quebrando e deixando seus empregados desamparados. Aqui mesmo no Rio grandes fábricas de tecido faliram. O FGTS serviria ainda para financiar a infraestrutura indispensável para incrementar o SFH através das letras imobiliárias e cadernetas de poupança (as APEs). O FGTS rendia apenas 3% a.a mais correção e, mesmo remunerando tão pouco, foi corroído pela má administração estatal. Portanto, não deveria faltar dinheiro para saneamento, distribuição água, transporte de massa etc. As moradias, por sua vez, seriam financiadas pelo SFH em prazos bem longos com prestações aquém dos aluguéis. Agora o governo gastador resolveu aproveitar o FGTS que pertence ao trabalhador para financiar a gastança pública. VAMOS DANÇAR OUTRA VEZ ?

   GILBERTO RAMOS - ECONOMISTA

domingo, 12 de fevereiro de 2017

RODRIGO MAIA E OAS

A REVELAÇÃO DE QUE O PRES. DA CÂMARA ATUOU EM FAVOR DA OAS JÁ ESTÁ COMPROVADA E CONFESSADA. O MANDATO POPULAR FOI OFENDIDO E A COMISSÃO DE ÉTICA DA CÂMARA DEVERIA INICIAR IMEDIATAMENTE UMA  INVESTIGAÇÃO SOBRE O CASO - É O MÍNIMO ! A  RELAÇÃO INCESTUOSA ENTRE INTERESSES PRIVADOS E DETENTORES DE MANDATO NÃO COMBINA COM O BRASIL ÉTICO QUE TODOS SONHAMOS.

GILBERTO RAMOS - ECONOMISTA

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

SEMPRE ELAS !!!!

O Pres. Donald Trump está cortando um dobrado no Senado por conta da atuação vigorosa de uma senadora democrata. Elizabeth Warren escreveu um livro imperdível - A CHANCE DE LUTAR - onde ela mostra sua trajetória de lutas até chegar ao Senado. Mulher simples, divorciada, professora primária, ela começou sua caminhada enfrentando os poderosos banqueiros de Wall Street ao defender uma regulamentação mais severa para evitar o colapso da economia com a repetição do episódio dos créditos sub prime que se transformou numa bomba relógio e explodiu no colo do Lemon Brothers. Guerreira indomável, ela promete ser uma pedra no sapato de Trump. Aleluia!

Gilberto Ramos - economista

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

O ENEM DO SENADO

A indicação do Min. da Justiça - Alexandre de Moraes - para ocupar a vaga deixada pela morte acidental de Teori Zavascki, definitivamente, não caiu no goto da classe jurídica. O STF é o ápice da carreira da magistratura e, mas também por isso, sou contra o "quinto constitucional". O preenchimento de qualquer vaga no STF deve ser cercada de muita ponderação e análise, não basta o aplauso da mídia, nem passar pela sabatina senatorial. A autocrítica do indicado é tanto ou mais importante que os demais fatores. Vale lembrar o episódio exemplar de Milton Campos, ministro da justiça de Castello Branco. Ele foi um grande jurista, e brilhou no Senado e/ou como Governador de Minas. Convidado por Castello ele declinou do convite alegando que não se sentiria à vontade pois faltavam apenas poucos meses para alcançar a aposentadoria compulsória. Homens com essa dimensão ética fazem muita falta ao Brasil.

Gilberto Ramos - economista