terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

FGTS E A MÃO GRANDE DO GOVERNO

O FGTS foi criado durante o governo Castello Branco por inspiração da dupla Roberto Campos e Gouveia de Bulhões. Naquela época os trabalhadores que conseguiam chegar a 10 anos de vínculo empregatício obtinham estabilidade. Isso tinha um efeito cruel: os empregados eram demitidos antes para que não se tornassem estáveis e estes, por sua vez, decaiam de produtividade alcançados pelo conforto da estabilidade. Como se vê, a estabilidade tanto no setor privado quanto no setor público, concorre para uma perniciosa acomodação laboral. No FGTS os patrões contribuíam com 8% da remuneração paga ao empregado e, assim, constituiam um fundo que substituiria a indenização que, quase sempre, os patrões não poderiam suportar. Daí que as empresas com muita concentração de mão-de-obra acabavam quebrando e deixando seus empregados desamparados. Aqui mesmo no Rio grandes fábricas de tecido faliram. O FGTS serviria ainda para financiar a infraestrutura indispensável para incrementar o SFH através das letras imobiliárias e cadernetas de poupança (as APEs). O FGTS rendia apenas 3% a.a mais correção e, mesmo remunerando tão pouco, foi corroído pela má administração estatal. Portanto, não deveria faltar dinheiro para saneamento, distribuição água, transporte de massa etc. As moradias, por sua vez, seriam financiadas pelo SFH em prazos bem longos com prestações aquém dos aluguéis. Agora o governo gastador resolveu aproveitar o FGTS que pertence ao trabalhador para financiar a gastança pública. VAMOS DANÇAR OUTRA VEZ ?

   GILBERTO RAMOS - ECONOMISTA

Um comentário:

  1. É mesmo desanimador! Precisamos começar do zero, com politicos que sirvam ao país e que não se sirvam dele!

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