quinta-feira, 29 de março de 2012

ZORRA TOTAL

Ninguém duvida que a educação seja a principal prioridade para determinar as ações públicas. Mas há controvérsias, pelo menos se examinarmos como e de quem os impostos são cobrados. No Rio todas as escolas particulares pagam 5% de ISS aos municípios onde se localizam. Tanto sobre as matrículas quanto sobre as mensalidades. No entanto, os motéis da baixada fluminense, estranhamente, estão isentos do ISS ao argumento de que são de "interesse turístico". Poupo-me dos comentários. Dizem as más linguas que os vereadores de Caxias receberam vantagens para aprovarem a lei há alguns anos. Como acredito que sejam pombinhas brancas de tão honestas, seria bom que os esclarecimentos viessem logo dos ínclitos vereadores.
Gilberto Ramos - economista

terça-feira, 20 de março de 2012

CÓDIGO FLORESTAL

O código florestal está na berlinda e, em breve, deve entrar em votação no Congresso Nacional. Aprender com outros países não é vergonha, ao contrário, é encurtar o caminho desejado da preservação ambiental. O projeto a ser votado não aborda a possibilidade de privatizarmos as florestas que desejamos preservar. A verdade é que a destruição é muito mais insidiosa nas matas tuteladas pelo governo e, sobre este tema, sugiro consultarem a Dra. JO KWONG, da Universidade de Michigan. Os deputados demagogos bem podiam ajudar um pouquinho pois, se não estudam o assunto, que tal se calarem dando uma trégua aos nossos sofridos ouvidos ? Estou às ordens para debatermos o tema antes que seja tarde demais e enveredemos pela legislação ultrapassada do jurássico estatismo.
Gilberto Ramos - economista

quinta-feira, 15 de março de 2012

OS INSACIÁVEIS

Há anos venho defendendo algumas idéias e, com o tempo passando e as notícias que me chegam relativas ao noso país, vou ficando mais e mais preocupado e cético. Fico abismado com a mania de copiarmos exemplos que, praticados em outros países, não se aplicam aqui levando-se em conta os usos e costumes nesta terra de Pindorama. Resolvemos copiar o modelo francês de eleição em dois turnos e, assim, alimentamos a voracidade dos políticos fisiológicos que só aderem às boas idéias mediante vantagens escusas. Taí o mensalão e o despudorado Senado que não me deixam mentir. Por que não inverter a ordem das eleições escolhendo primeiramente o Presidente e, após 30 dias, fazendo a eleição dos parlamentares ? Essa pequena alteração inibiria o apetite por cargos e mensalões.

Gilberto Ramos - economista

quinta-feira, 8 de março de 2012

FALTAM VISIONÁRIOS

Corria o ano de 79 e só faltava um mês para o Gov. Faria Lima terminar seu mandato, alíás, muito profícuo. Entra em seu gabinete a Secretária de Educação Profª Mirtes Wentzel e, querendo homenagear o chefe, convida o Governador para inaugurar três escolas cujas obras estavam quase prontas (Trajano de Moraes, Macuco e Itaocara). Ela, inclusive, disse-lhe que colocaria anúncios informando a presença de Faria Lima nas solenidades. O Governador elogiou sua secretária e agradeceu a honraria. Quando a Profª já se retirava, ele a chamou de volta e perguntou quanto custariam os anúncios. Então, deu-lhe as últimas instruções: cancele os anúncios e pinte mais duas escolas. SEM COMENTÁRIOS COMPARATIVOS COM OS DIAS ATUAIS.
Gilberto Ramos - economista

terça-feira, 6 de março de 2012

MANIFESTAÇÃO LEGITIMA

Militares da reserva estão inconformados com Dna. Dilma que determinou ao Min. da Defesa (é só dela) que punisse os oficiais sócios do Clube Militar por terem divulgado manifesto que a desagradou. A medida acertada seria acionar o ministro da Justiça para que promovesse uma ação civel de reparação. De outro lado, os oficiais da reserva estão fazendo espuma, e só. Eles não dispõem de tropas nem armas, portanto, embora respeitáveis, não intimidarão Dna. Dilma. Gritarão no deserto em busca de uma vitória de Pirro. Um mandado de segurança com antecipação de tutela seria o remédio mais eficaz a que os militares da reserva poderiam recorrer. Os clubes militares não estão tutelados pela hierarquia militar.

Gilberto Ramos - economista

domingo, 4 de março de 2012

TSUNAMI MONETÁRIO

Dona Dilma disse, do alto de seus duvidosos conhecimentos de economia, que: a) o Brasil estava sendo vítima de um tsunami de dólares que não paravam de entrar; b) o governo tinha as armas para conter esta descontrolada avalanche cambial. Dona Dilma esqueceu de apontar as razões do fenômeno: 1) os juros altos pagos pelos títulos públicos; 2) a orgia da gastança pública; 3) o horizonte cor-de-rosa, porém distante, do pré-sal. O Banco Central tem comprado dólares para sustentar o câmbio, mas as pessoas que compram para viajar são mal vistas, típico paradoxo da cultura brasileira ainda muito impregnada de mediocridades. O que Dona Dilma precisa saber é que sem a importação de poupança externa não teremos como sustentar a gastança do governo paquidérmico que ela cavalga de rédeas largas.

Gilberto Ramos - economista

sexta-feira, 2 de março de 2012

PSICOTERAPIA POLÍTICA

A discussão sobre a Comissão da Verdade e a polêmica das Ilhas Malvinas são "farinha do mesmo saco". Nenhuma destas disputas tem qualquer sentido prático, a não ser reabrir feridas para gaudio dos populistas de plantão. Querer execrar os militares depois da aprovação da lei da anistia ou reabrir a queda-de-braço em torno das Malvinas, é desviar a atenção quando há muitas outras carências no Brasil e na Argentina. Se os jornais e televisão não abrissem tanto espaço para este noticiário, os políticos populistas e demagogos poderiam despender suas energias na solução de problemas mais agudos.
Gilberto Ramos - economista

quinta-feira, 1 de março de 2012

A VERDADE VERDADEIRA DA SÍRIA

Não se iludam: por trás da violência na Siria está, também, o milenar semitismo. Eu estava na França quando Bashar tomou posse como presidente e a televisão francesa transmitiu ao vivo a cerimônia. Fiquei impressionado com a apoteose nas ruas e no parlamento, fantástico o apoio das massas. No seu discurso de posse o jovem presidente disse, em bom som, que sua principal missão era destruir Israel, tudo mais era secundário. Tenho certeza de que há "forças ocultas" ocidentais insuflando e financiando aquela guerra idiota. Uma vitória das forças leais a Bashar Al Assad seria um desastre na região.
Gilberto Ramos - economista