quinta-feira, 30 de junho de 2011

REFORMA DA PREVIDENCIA

Agora o tema sobre o qual a mídia vai se ocupar será o da previdencia social. Como a expectativa de vida aumentou (felizmente), a quantidade de aposentados cresceu na mesma proporção. O problema do deficit da previdencia aflorou novamente e ninguém tem a coragem de dizer que a unificação das previdencias dos setores públicos e privados precisam ser unificados pois isto é o que reza a Constituição - art. 202. Mas como isso tira voto, os políticos preferem ignorar. A unificação entre os dois regimes é um ato de justiça. Enquanto isto não for feito só me resta parabenizar os privilegiados do setor público.

Gilberto Ramos - economista

terça-feira, 28 de junho de 2011

DILMA E O ÓBVIO

Com pompa e circunstancia a Pres. Dilma disse que um país rico é um país sem pobres, óbvio mas nem tanto. O Brasil é um país muito rico, porém, recheado de pobres. Isto deriva de uma concentração de renda causada por três razões básicas: baixa taxa de poupança, gastança governamental e, sobretudo, pirâmide educacional acentuada. A taxa de poupança precisaria subir para 23% do PIB e parece que isto está ficando cada vez mais dificil, haja vista que continuamos patinando em torno dos 18%; a gastança governamental é uma praga recorrente e deriva da política mediocre; a pirâmide educacional que comanda a concentração de renda confirma o velho ditado: vale mais quem sabe mais. Serão necessárias várias gerações para corrigirmos esta desvantagem nacional. Mas temos que começar logo, se possível pela contenção da natalidade através do melhor anticonceptivo que se conhece: EDUCAÇÃO. Quando me dizem que 50% das professoras de 1º grau no norte e nordeste não têm nem o 1º grau completo, dá vontade de chorar.

Gilberto Ramos - economista

quinta-feira, 23 de junho de 2011

O FACEBOOK TUPINIQUIM

O governo brasileiro foi devassado com os ataques de piratas internautas. Acabou-se a privacidade e podemos aguardar a distribuição de novos dossies. Os ingenuos querem sigilo nas contas dos eventos esportivos e, sobretudo, o sigilo eterno dos atos administrativos. No livro de Ben Mezrich que aborda as "redes sociais" há um episódio que diz tudo: - Mark Zuckerberg, denunciado por outro estudante da Havard, teve que comparecer perante o reitor, ninguém menos do que o notável Larry Summers (ex presidente do FED), e saiu inocentado com a decisão do reitor: - "as informações, mesmo que não sejam públicas, não devem inibir o direito de obtê-las". Portanto, doravante, inauguramos um duelo entre a defesa e o ataque ao sigilo das informações. Quem tiver "rabo preso" que se dane. Que bom !


Gilberto Ramos

domingo, 19 de junho de 2011

A CARNIÇA DOS URUBUS ENGRAVATADOS

O governo está perdendo tempo e energia dando ouvidos a alguns políticos que estão mais interessados em si mesmos do que no Brasil, talvez como fruto da própria mediocridade. Até o STF cogita tomar medidas para acelerar a punição dos "mensaleiros". Acho que uma medida simples e eficaz seria inverter o calendário das eleições, escolhendo primeiro o Poder Executivo para só 30 dias depois elegermos o Legislativo. Atualmente o governo arregimenta seus "aliados" com cargos e emendas parlamentares e quem paga tudo isso somos nós todos. E o que mais me entristece é estar batendo nesta tecla há mais de 15 anos.


Gilberto Ramos - economista

terça-feira, 14 de junho de 2011

E LÁ SE VAI NOSSO ESCASSO DINHEIRINHO.

Parece que o Brasil está se aprimorando na arte de desperdiçar dinheiro. Fico triste quando vejo os planos para o "Porto Maravilha". Uma obra não pode ter seu custo medido pela edificação nova, somada as eventuais demolições necessárias. É fundamental que a demolição tenha seu valor calculado pelo custo de edificar o que vai ser demolido. Quando vejo o festival de demolições para contruir estádios de futebol tenho vontade de chorar. Pois agora querem demolir a Av. Perimetral no trecho da Praça Mauá até o Gasômetro. Quanto custaria um nova Perimetral ? Por que não assentar os trilhos de um Metrô para levar a população até a Leopoldina, Central e Baixada ? Se quiserem é só pedir um projeto para o IME, garanto que é moleza ! Embaixo da plataforma da atual Perimetral poderíamos construir shoppings e muitos estacionamentos.

Gilberto Ramos - economista

quinta-feira, 9 de junho de 2011

CHEQUE DESEMPREGO

Um programa muito simples e inteligente surgiu no estado de Wisconsin há alguns anos: é o cheque desemprego substituindo o seguro desemprego. Isto faz com que o portador procure um novo empregador e possa descontar o cheque, o que evita a acomodação do desempregado. Isto é vantagem para ambos os lados: o funcionário desempregado não se humilha nem se submete à burocracia; de outro lado, o novo empregador já se credita no governo por oferecer o novo emprego e, simultaneamente, o governo dimimui o aparato burocrático. Como somos craques em copiar (inclusive o ilegal), aí está uma boa idéia simplificadora.


Gilberto Ramos - economista

quarta-feira, 8 de junho de 2011

A PARALISIA DO CONGRESSO

Neste episódio da saída do Palocci, ouvi vários deputados e senadores dizerem que o Congresso ficou paralisado durante semanas e que agora os "trabalhos" seriam retomados. Confesso que não notei que o Parlamento estava parado .......Agora estou apavorado com o recomeço.

Gilberto Ramos - economista

domingo, 5 de junho de 2011

CALAMIDADE PREVIDENCIÁRIA

Embora Lula tenha chegado perto dos 80% de aprovação, o tempo vai passando e as reformas são esquecidas, tudo vira conversa para boi dormir. O caso da previdencia social é emblemático: o festival de privilégios continua e, pior, o governo Dilma, para atender compromissos com o PMDB, colocou na Previdencia um senador obscuro que nada vai fazer de útil com receio da impopularidade. Sabemos que expurgar é verbo que desagrada o lulismo. Em 1995 o governo federal empregava 1,03 milhão de funcionários, em 2002 o funcionalismo caiu para 912 mil, graças somente ao Executivo que baixou de 951 mil para 810 mil. Desse número devemos excluir os militares que, embora sejam contados como sendo do Executivo, se mantiveram no mesmo patamar. Já o Judiciário e o Legislativo que ganham bem mais do que o Executivo, aumentaram 27% e 18% respectivamente. O que quero dizer é que se temos uma concentração de renda injusta no Brasil, isto se deve em grande parte ao descalabro previdenciário. Mas com Garibaldi Alves como ministro ....

Gilberto Ramos - economista