sábado, 20 de maio de 2017

O ESTADO MULTIMÂMIO.

Num dos seus mais célebres discursos no Senado (bons tempos em que o Senado tinha gente deste quilate), Rui criticava o gigantismo do estado e chegou a usar a expressão "estado multimâmio" para comparar com as inúmeras tetas de uma vaca onde inescrupulosos empresários e gente de toda espécie se agarravam para tirar proveito. Vem daí a figura do "mamar nas tetas do governo". É isso que estamos vendo neste terrível conluio envolvendo empresários e banqueiros estatais. Uma só lava-jato não vai bastar enquanto não caminharmos para uma completa desestatização do crédito. Um governo tirânico pode nos obrigar a plantar, colher, armazenar, enfim tudo, só não conseguirá nos obrigar a negociar. Essa é uma atividade tipicamente privada e, portanto, chega de bancos estatais.

Gilberto Ramos - economista

quinta-feira, 18 de maio de 2017

"AQUILO ROXO" DO TEMER

Esse pandemônio de delações e gravações resultou na inacreditável turbulência política que estamos vivendo. Quando o país dava os primeiros sinais positivos na economia, vem uma ducha fria para contaminar a confiança do povo no governo. ADOREI O COMUNICADO DO PRES. TEMER. Foi taxativo, firme e objetivo e disse, em poucas palavras, o que deveria ter dito. Ainda vamos passar por muitos sustos antes que qualifiquemos a classe política. Não há dúvidas de que a relação entre empresários e governos seja incestuoso. Todos querem tirar um naco de vantagem e quem sai mais prejudicado é o povão que acorda cedo para trabalhar e nada recebe como contrapartida do estado paquidérmico.

Gilberto Ramos - economista

segunda-feira, 15 de maio de 2017

NA POLÍTICA A ORDEM DOS FATORES ALTERA O PRODUTO

Nesse presidencialismo caolho praticado no Brasil a eleição federal (presidente, deputados e senadores) é realizada no primeiro turno. Se houver um segundo turno para presidente, o parlamentar  já eleito não terá qualquer compromisso com o presidente e este, para conseguir governar com o apoio indispensável do Congresso, terá que barganhar nomeações, verbas e outros favores. Pois a França, após eleger Macron no segundo turno, fará brevemente a eleição para a Assembleia. Venho propondo esta inversão da sequencia há muito tempo e, assim, evitaríamos o toma-lá-dá-cá vergonhoso entre o Planalto e o Congresso. Elejamos o Presidente e só depois o Legislativo. Simples e mais barato para nossa pobre democracia.

Gilberto Ramos - economista

terça-feira, 9 de maio de 2017

VIDA QUE SEGUE !

Nos últimos 20 anos frequentei os debates na Rádio Tupi. Lá, sob o comando do radialista Luiz Ribeiro, um jornalista absolutamente imparcial, pude defender minhas opiniões com toda liberdade e fiz bons amigos. Agora chegou ao fim esta etapa da minha vida pois fui informado da saída do Luiz Ribeiro e, por consequência, do fim do programa. Sempre às segundas-feiras, às 21 hs. era um prazer debater com Murilo Kieling, Fernando Cunha e Nelson Rocha. Aprendi muito com eles. Vou me dedicar com mais assiduidade a escrever neste blog onde poderei exprimir minhas idéias liberais e espero tê-los como leitores e críticos. Grato.

Gilberto Ramos - economista