segunda-feira, 26 de setembro de 2011

GREVISMO COM OS DIAS CONTADOS

Há anos frequento um programa quinzenal na Rádio Nacional e, pelo menos uma vez ao ano, encontro na portaria uma faixa indicando que os funcionários do INPI estão em greve. A emenda constitucional nº 19 criou as chamadas ORGANIZAÇÕES SOCIAIS para acabar com os malefícios da estabilidade e, assim, universidades, escolas e hospitais poderiam adotar o regime celetista. A emenda 19 foi uma grande inovação aprovada no governo FHC e decorreu de uma luta heroica iniciada pelo Ministro Bresser Pereira e cujo relator na Câmara foi o deputado Moreira Franco. Pois agora a Alerj acaba de aprovar a implantação das Organizações Sociais nos serviços estaduais e, com isso, cai a estabilidade que engessa o serviço público e o grevismo chega ao fim de linha. Que bom ! Só quero ver se os governantes vão dispensar os gazeteiros ....

Gilberto Ramos - economista

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

INTERVENCIONISMO RECORRENTE

Parece que só o Brasil não aprende com os erros do passado. Só a visão curta de alguns economistas que se imiscuem no governo e acabam formando uma espécie de elite é capaz de apelar para a fórmula equivocada do protecionismo para resolver problemas de falta de competitividade. Quando o governo resolveu aumentar abruptamente o IPI dos carros importados me vi recuando uns 50 anos no tempo. Todos os que se valeram do protecionismo para resolver problemas de câmbio quebraram a cara. Ou já nos esquecemos do atraso que nos impuseram com os "cartórios" nacionalistas da informática ? Produtividade só se resolve com educação e baixa tributação, se possivel adicionando competição.

Gilberto Ramos - economista

domingo, 18 de setembro de 2011

ESSA FAZ FALTA

Ontem foi o dia do aniversário do meu pai - Hugo Ramos Filho - falecido em 93. Em vida ele sempre recebia um telefonema de uma querida amiga que foi sua colega na Câmara de Vereadores na década de 50. Refiro-me a Profª Ligia Lessa Bastos, uma cidadã exemplar que nos faz muita falta na política. Depois de ter sido vereadora, foi deputada federal, sempre pela antiga e saudosa UDN. Cansada de Brasília não se recandidatou e desistiu da política. Hoje está com 90 anos, forte e cada vez mais ciosa de seus valores e princípios éticos. Todos os anos ela me presenteia com um telefonema cheio de elogios para minha família. Que honra e que responsabilidade para mim !

Gilberto Ramos - economista

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

PLAGIO MAL FEITO

Desconfio que a rejeição do povo à CPMF decorre da desinformação sobre como era a idéia original do Prof. Marcos Cintra (FGV-SP): A alíquota de 1% sobre a movimentação financeira seria implantada gradualmente em até 5 anos (0,2%) e, simultaneamente, todas as demais alíquotas seriam reduzidas em 20% no mesmo período. Assim, quando a aliquota sobre a movimentação financeira chegasse à plenitude, todas as demais seriam zeradas. A brilhante idéia do imposto não declaratório desagradou por demais os sonegadores e os fiscais que se sentiram ameaçados, portanto .......

Gilberto Ramos - economista

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

CPMF OU JOGO

A má utilização da excelente idéia do imposto não declaratório fez com que todos, com justa razão, abominassem a CPMF, a irmã bastarda do imposto único. Agora fala-se na arrecadação de imposto sobre o jogo o que, aliás, estava previsto no projeto original do Prof. Marcos Cintra. Mas já surgiram os opositores, todos condenando a hipótese do jogo ajudar na arrecadação. A oposição principal vem da Igreja, entretanto, ela mesma é incapaz de explicar porque a PUC da Costa Rica recebe 10% da arrecadação líquida do cassino local ....Foi daí que o genial Roberto Campos declarou que a contradição é um privilégio dos homens inteligentes, dos governos realistas e das mulheres bonitas.


Gilberto Ramos - economista

sábado, 3 de setembro de 2011

COVARDIA

O Secretário de Transportes do Rio, o empresário e "professor" - aspas propositais - Julio Lopes, ao comentar o lamentável acidente com o bonde de Santa Teresa foi, a um só tempo, covarde, grosseiro e inoportuno. Perdeu uma boa oportunidade de ficar calado. Acusar o mortorneiro foi um gesto que me lembrou o afundamento do Bateau Mouche: acusaram o mestre do barco e os verdadeiros culpados estão livres e fagueiros. O que o Gov. Sergio Cabral está esperando para demitir o secretário ?


Gilberto Ramos - economista