Praticamente todos os países do mundo já adotam o sistema previdenciário sob a forma de capitalização, ou seja, cada pessoa contribui para um fundo com o valor que puder, para mais tarde sacar o necessário para seu sustento até a morte. O fundo, por sua vez, aplica o dinheiro para obter rendimento que ajude a aumentar o capital a ser distribuído. No Brasil ainda aplicamos a previdência pelo sistema de repartição, adotado há mais de 60 anos e já deficitário cronicamente. Vejam essas contas:
O INSS tem uma diferença negativa de R$ 43 bi/ano e atende a 27 milhões de brasileiros, estes recebem uma média de R$ 1.586/ano; já o funcionalismo público federal gera uma diferença negativa de R$ 47 bi atendendo a 937 mil aposentados e pensionistas, o que dá R$ 50.146/ano/pessoa. Só no legislativo e judiciário a média é de R$ 13 mil/ano. Assim, pode-se afirmar que a previdência brasileira é a maior fonte de concentração de renda. Quem quiser saber mais sobre este tema deve ler o livro "A PREVIDÊNCIA INJUSTA" de autoria do jornalista inglês Brian Nicholson. É uma pena que não tenhamos governantes corajosos o suficiente para enfrentar este desafio.
Gilberto Ramos