O governo tem reiterado que as prioridades recaem sobre as reformas política e tributária. No caso da reforma política tenho, há anos, proposto algumas pequenas e simples medidas que produziriam resultados imediatos: a) adotar o voto facultativo; b) mudar a cronologia e eleger primeiro o Poder Executivo e só 30 dias depois o Legislativo; c) vedar que membros do Legislativo ocupem cargos no Executivo sob pena de perda de mandato; d) encurtar o mandato dos senadores futuramente eleitos para quatro anos; e) vedar a mudança de partido sob pena de ficar inelegível na eleição seguinte. Com isso estaríamos dando um bom passo rumo à moralização do ambiente político-eleitoral.
Gilberto Ramos - economista
Meu caro, Gilberto. Primeiro, os meus cumprimentos pelo espaço. O debate é fundamental, principalmente, quando pessoas com a sua qualidade intelectual e experiência política funcionam como moderadores. É um prazer participar. Sobre a reforma política, sugiro você pensar um pouco sobre o modo como funcionam os partidos políticos. O ambiente não estimula a participação política e deixa o eleitor com dificuldades imensas para escolher. Falta democracia nos partidos e, curiosamente, a situação piorou bastante com a conquista da democracia. Antes, tínhamos convenções muito disputadas, formação de chapas de candidatos com a participação dos diretórios, campanhas de filiação. O modelo de comissões provisórias permanentes, que faz dos líderes, ditadores absolutos.
ResponderExcluirDe fato, os partidos estão servindo de instrumento e esconderijo de corruptos. Mas a vida partidária poderia ser melhorada com uma legislação infraconstitucional. Nada complicado.
ResponderExcluirDe fato, os partidos estão servindo de instrumento e esconderijo de corruptos. Mas a vida partidária poderia ser melhorada com uma legislação infraconstitucional. Nada complicado.
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